Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación

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Estudiante de 13 años inspira otras personas al debate sobre los problemas de sus escuelas

En el período de aproximadamente dos meses, la estudiante brasileña Isadora Faber, de 13 anos, logró que el gobierno del municipio donde vive mejorase la estructura de su escuela, a través de una página de Facebook que creó para denunciar los problemas de la unidad educativa.El éxito de la iniciativa, que reunió a padres, madres, estudiantes y profesoras/es en torno a un debate público sobre la escuela pública, viene inspirando a otros/as estudiantes del país a la creación de sus propias páginas

Desde el 11 de julio, cuando creó la página Diario de Clase [para visitarla, cliquee aquí] en Facebook, la estudiante de 13 años Isadora Faber viene publicando opiniones y reclamaciones respecto a su colegio, la Escuela Maria Tomázia Coelho, en la ciudad de Florianópolis, Brasil. Miles de personas empezaron a acompañar la página, llevando a que Isadora lograse reconocimiento público y efectivamente que las autoridades de su municipio y del colegio la escucharan. Además de incentivar un debate público sobre la educación, Isadora ha inspirado a otras/os estudiantes que decidieron montar sus propias páginas web para discutir la situación en sus escuelas.

Según la joven, es importante llamar la atención de las personas para la situación de la educación, en especial por tratarse de un año electoral en Brasil, cuándo se elegirán los alcaldes y diputados municipales que asumirán funciones públicas en los próximos 4 años: “¡Yo cree esta página porque ahora empiezan los ‘señores candidatos’ a mostrar cosas que nunca son verdad, escuelas de escenarios!”, dijo. En su página, Isadora comenta problemas como la falta de maestras y maestros, las relaciones entre maestras/os y estudiantes, y la necesidad de obras de renovación en las edificaciones, con fotos, propuestas y momentos de desahogo.

En las decenas de páginas que han sido creadas en Facebook bajo el ejemplo de Isadora, se comenta la situación de las escuelas, demandando reformas edilícias, por ejemplo para arreglar ventanas rotas y aulas sin ventilación, pero también la contratación de maestros y maestras, entre otros aspectos importantes. Las páginas exponen dificultades vividas en escuelas de Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Pará, Paraná, Paraíba, Minas Gerais y Santa Catarina.

Isadora considera todas esas nuevas iniciativas como maneras válidas de denuncia, pero hace sugerencias. "Hay que publicar fotos como pruebas de lo que se está diciendo. También es bueno publicar los comentarios poco a poco, para que no se quede aburrido".Ella explica además que es importante evitar la exposición de estudiantes y maestro/as, privilegiando la evaluación de prácticas y posturas y evitando presentar nombres caso no sea necesario. Vale señalar que gracias a los comentarios que hizo Isadora sobre las clases de un profesor de matemática, la Secretaria de Educación de Santa Catarina decidió afastarlo del colegio – lo que incluso ha provocado el debate también sobre las condiciones de la profesión docente.

Libertad de expresión. Además, el diario evidenció la cuestión de la libertad de expresión. Eso porque, en la medida que el Diario de Clase de Isadora pasó a ganar visibilidad, la dirección y maestras/os de su escuela han intentado presionar a la estudiante a dejar de publicarla, además de constreñirla en público durante las clases. De toda manera, la joven ha decidido mantener la página y de hecho ha registrado no sólo los problemas, sino que también algunos cambios positivos en su escuela, como pequeñas reformas edilicias.

Gracias a la persistencia de la estudiante, la Secretaría de Educación de la ciudad de Florianópolis determinó una renovación en la estructura de la escuela, y defendió “la libertad de expresión de la alumna que creó Facebook para hablar sobre las condiciones de la unidad”. De acuerdo a la Secretaría, “esta página incluso nos ayuda en el monitoreo de la escuela, es una especie de defensoría”. Asimismo, Isadora logró abrir un espacio legítimo de participación política estudiantil en decisiones que dicen respeto a su educación

Accede aquí a la página Diario de Clase, en Facebook.

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Lea, a continuación, una noticia de EFE en que la Secretaria de Educación de Florianópolis declara su apoyo a Isadora (en portugués):

Prefeitura toma providências na Escola Básica Maria Tomázia

A Secretária de Educação, Sidneya Gaspar de Oliveira, determinou uma nova reforma no estabelecimento. Defende a liberdade de expressão da aluna que criou Facebook para falar sobre as condições da unidade.

A iniciativa é brilhante, é saudável. A manifestação é da Secretária de Educação de Florianópolis, Sidneya Gaspar de Oliveira, em relação à página na internet da aluna Isadora Faber, 13 anos, matriculada na Escola Básica Maria Tomázia Coelho, no Santinho, Norte da Ilha de Santa Catarina. O Facebook, intitulado Diário de Classe, reivindica melhorias no estabelecimento de ensino. “Essa página veio inclusive nos auxiliar no monitoramento da escola. É uma espécie de ouvidoria”, frisa.

A Secretária lembra que a prefeitura vem fazendo a manutenção física da unidade desde o início do ano e já começou outros serviços. Quanto à parte pedagógica, Sidneya destaca que houve incompatibilidade entre duas turmas da sétima série, numa das quais Isadora frequenta, e um professor temporário de matemática. “Após a análise da comissão avaliadora, formada por membros da escola e da Secretaria, o parecer final sobre o professor está previsto para a próxima segunda-feira”. Se assim a comissão decidir, o docente poderá ser substituído.

A Secretária reforça que a linha pedagógica da rede municipal de ensino de Florianópolis defenderá sempre a liberdade de expressão. Conforme Sidneya, “além de ter como missão promover educação de qualidade que contribua para o exercício pleno da cidadania, o município proporciona o estabelecimento de relações democráticas e participativas. Diante desse desafio, os programas e projetos educacionais estão dirigidos para o fortalecimento de uma política educacional que reconheça as diferenças, fortaleça as identidades e a pluralidade de ideias, que cuide, eduque e acolha os estudantes e suas famílias, bem como promovam a socialização e a produção do conhecimento numa visão cidadã”.

Gestão da escola

A Diretora da Maria Tomázia Coelho, Liziane Diaz Farias, assumiu a responsabilidade por haver em sua escola uma gestão deficitária. “Eu assumo publicamente que ocorreu fragilidade na administração do estabelecimento. Vamos a partir de agora trabalhar de forma diferente a parte administrativa e a preservação do patrimônio público”.

Liziane fará um apelo à Associação de Pais e Professores para que ajudem principalmente no cuidado com a estrutura física. Haverá também campanhas para que os alunos se conscientizem da necessidade de se engajarem no zelo de todo o ambiente escolar. “Os alunos tem que saber que a participação deles é fundamental para preservar um bem público”. Além disso, coloca, que vem participando de formação para criar o Conselho Escolar, que auxiliará na manutenção do estabelecimento e na gestão administrativa, pedagógica e financeira.

A diretora destaca que a Maria Tomázia possui no Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB) nota de primeiro mundo nos anos iniciais: 6,1. “Isto prova que estamos no caminho certo para manter a qualidade na educação”. A unidade possui 25 professores, sendo a sua maioria com pós-graduação.

Sobre a Isadora Faber, Liziane faz questão de dizer que ela é uma boa aluna. “A Isadora sempre manteve as suas notas acima da média e é uma adolescente disciplinada”. Complementa que em nenhum momento houve represália da direção para que a aluna tirasse a página dela na internet. O que ocorreu, esclarece Liziane, foi uma conversa com a mãe da adolescente, Mel Faber, sobre a existência do Facebook e aconselhou a não utilização de imagens de alunos, funcionários e professores da escola na página. “Cada indivíduo tem o direito de ter a sua imagem preservada”, finaliza.

Providências

Nesta terça-feira, a Secretaria de Educação reiniciou a manutenção na escola. Em julho, foram trocadas 13 luminárias, que no momento já foram danificadas. Haverá também reparos nos banheiros e em outros setores da unidade. “Fizemos uma série de melhorias, mas infelizmente não houve a colaboração da comunidade escolar para evitar vandalismos, com a depredação do espaço”, salienta o Diretor de Infraestrutura, Maurício Amorim.